Pesquisa da Willis Towers Watson apresenta um diagnóstico do bem-estar e tendências para os próximos três anos de acordo com as 186 empresas participantes com operação no Brasil.
O bem-estar tornou-se uma prioridade da estratégia de saúde em muitas organizações. Segundo pesquisa da consultoria Willis Towers Watson, há seis anos, a maioria das empresas (55%) sequer tinha uma estratégia de bem-estar definida. No entanto, daqui a três anos a previsão é de que quase todas (98%) tenham a sua estratégia formalmente implementada. Além disso, 78% vislumbram fazer do bem-estar um diferencial fundamental de sua proposta de valor aos empregados.
Os maiores desafios apontados pelas empresas para implementação eficaz de programas de bem-estar são: aumento de custos (67%), apoio financeiro insuficiente (46%) e a falta de dados para mensuração dos resultados do programa (41%).
O estudo indica que a maioria dos empregadores considera que o estresse, a saúde mental, a saúde física e o sedentarismo são as questões mais críticas da força de trabalho atualmente.
Dois terços das empresas consideram que seus programas de bem-estar têm sido eficientes durante a pandemia atual. O número sobe para 79% quando perguntado sobre a confiança diante de uma possível pandemia futura.
“Nos últimos seis anos, percebemos um aumento significativo (+33%) no percentual de empresas que acredita que a liderança sênior está genuinamente interessada na saúde e no bem-estar de seus colaboradores e de suas famílias”, afirma a diretora de gestão da saúde da Willis Towers Watson, Walderez Fogarolli.
O bem-estar emocional (97%) e o físico (90%) são as maiores prioridades para os empregadores durante os próximos três anos. Já o bem-estar social é considerado prioridade para 80% dos entrevistados, e o financeiro para 68%.
A pesquisa destaca ainda algumas ações específicas que as empresas estão tomando para melhorar o bem-estar funcionários:
Bem-estar físico
- 63% oferecem check-ups médicos, triagens biométricas
- 53% oferecem opções de alimentos saudáveis
- 50% promovem o uso de atendimento virtual para atender as necessidades dos empregados (ex. atendimento primário ou para crises agudas, fisioterapia, gerenciamento de condições crônicas, etc)
Bem-estar emocional
- 49% promovem soluções de cuidados virtuais para condições de saúde mental
- 48% fazem uso de campanhas e comunicação para mudar a visão sobre problemas emocionais e aumentar o entendimento dos empregados sobre o tema
- 47% oferecem aconselhamento/suporte emocional sobre luto
- 39% resenham o Programa de Assistência aos Empregados (EAP) para melhor abordar o bem-estar emocional e financeiro dos empregados e dependentes
- 37% buscam oportunidades para fortalecer a resiliência dos empregados
- 37% têm uma estratégia/plano de ação de saúde mental para toda a organização
Bem-estar financeiro
- 42% oferecem aconselhamento financeiro individual sobre aspectos de curto prazo
- 39% oferecem webinars de bem-estar financeiro que instruam sobre diversas questões financeiras que os empregados enfrentam
- 30% oferecem e promovem apoio personalizado à decisão financeira para despesas, empréstimos e poupança
Bem-estar social
- 61% patrocinam atividades de voluntariado em comunidades locais
- 58% fazem contribuições filantrópicas
- 48% promovem conexões sociais de forma virtual ou em pequenos grupos, por meio de eventos regulares (ex. happy hour, almoço, treinamentos, gincanas, etc)
- 47% usam o reconhecimento social para aumentar o engajamento nas ações de bem-estar e nas atividades relacionadas ao propósito da empresa
- 44% incluem o bem-estar como parte da estratégia de responsabilidade social corporativa da organização
O levantamento mostra, ainda, que as empresas planejam tomar medidas significativas para conectar os programas de bem-estar de suas organizações com a proposta de valor ao empregado.
A maioria das participantes também diz ser eficaz na criação de um ambiente de trabalho que encoraje a dignidade, o respeito e a autoestima dos empregados.