Somos perfeitamente capazes também de aprender uma nova forma de agir, de se comportar e de existir. E isso tudo se dá a partir do autoconhecimento
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Vamos falar sobre suas soft skills? Esse termo já existe há bastante tempo e se popularizou pelas mãos do escritor Daniel Goleman que, lá atrás, em 1995, lançou a obra “Inteligência Emocional” – um dos livros que mais impactou o mercado de trabalho nas últimas décadas.
Em sua obra, Goleman defendia que a Inteligência Intelectual já não era mais a única ‘medida’ importante na hora de contratar um profissional diferenciado; que ter um QI (coeficiente de inteligência) elevado já não era mais garantia de sucesso por si só. De acordo com o especialista, para além dessa habilidade, havia que se investir em outra, a Inteligência Emocional (ou coeficiente emocional, QE) – que, de forma simplificada, representa a capacidade de identificar, compreender e gerir as próprias emoções.
Partindo dessa ideia, o que Goleman fez, há praticamente 25 anos, foi consagrar a divisão das habilidades humanas em duas categorias principais: as hard skills, ou seja, as capacidades técnicas e cognitivas; e as soft skills, ou seja, as capacidades comportamentais e emocionais.
No primeiro grupo, está, por exemplo, tudo aquilo que se aprende formalmente no ensino fundamental, médio e superior; todos os treinamentos extracurriculares, como os cursos de idioma e, até mesmo, de música ou qualquer outra habilidade/aprendizado que demande, do cérebro, a capacidade de reter uma informação para reproduzi-la quando necessário.
O segundo grupo, por sua vez, engloba justamente as nossas capacidades intangíveis, ou seja, que não podem ser exatamente medidas porque são subjetivas. É, por exemplo, a habilidade de se comunicar bem, de trabalhar em equipe, de atuar com empatia, flexibilidade e resiliência ou de solucionar problemas (entre tantas outras). E tudo isso fica registrado e é desempenhado por outra parte do cérebro, justamente aquela que contém o nosso aprendizado emocional.
Ainda assim, muita gente ainda não fez a conta de que a inteligência emocional por detrás das soft skills vem do Autoconhecimento. Afinal, eu só consigo me relacionar melhor com o meu entorno se, antes de tudo, for capaz de me relacionar bem comigo mesma. E isso requer um trabalho intenso e contínuo de autoconsciência.
Como o Autoconhecimento ajuda a aprender e desenvolver as soft skills
Desde que os termos hard skills e soft skills começaram a se disseminar, muitos estudiosos defenderam (e ainda defendem) que as soft skills não podem ser exatamente aprendidas, porque são inerentes ao ser humano. Eles dizem que é possível, sim, ensinar os conceitos de resiliência e empatia para alguém que não tenha essas habilidades desenvolvidas, por exemplo, mas que essas pessoas nunca serão capazes de aplicá-las espontaneamente, já que esses atributos não fazem parte de quem são.
Para a metodologia Hoffman, no entanto, as coisas não são bem assim. A teoria trabalha com a tese de que, assim com as hard skills, as soft skills também podem ser aprendidas e desenvolvidas com uma boa dose de esforço e dedicação. Se uma pessoa apresenta mais dificuldade que outra para aprender um novo idioma, certamente, a segunda terá de se esforçar mais para dominar a nova língua; isso não significa que não poderá ser tão boa ou até melhor que a primeira.
Para nós, que estamos por detrás do Processo Hoffman, a mesma regra se aplica aos comportamentos. Se fomos capazes de aprender a agir de determinada forma num passado remoto, podemos desaprender. Mais que isso, somos perfeitamente capazes também de aprender uma nova forma de agir, de se comportar e de existir. E isso tudo se dá a partir do Autoconhecimento.
Autoconhecimento e Soft Skills: uma relação íntima, mas ainda pouco conhecida
O que Daniel Goleman contou ao mundo mais de duas décadas atrás – e que, a cada dia que passa, fica mais em evidência – é o fato de que as empresas de sucesso são e serão aquelas que têm, à frente, líderes com ambas as potencialidades desenvolvidas. Ou seja, os gestores mais bem-sucedidos são aqueles que possuem amplo conhecimento técnico, mas que, além disso, também conseguem construir relações mais positivas com seus liderados para obter mais engajamento e maior produtividade em seus times.
Ainda assim, muita gente ainda não fez a conta e não associou que a inteligência emocional por detrás das soft skills vem do Autoconhecimento. Afinal, eu só consigo me relacionar melhor com o meu entorno se, antes de tudo, for capaz de me relacionar bem comigo mesma. E isso requer um trabalho intenso e contínuo de autoconsciência.
Outro dia, publiquei lá no meu site um artigo que tem tudo a ver com isso. Nele, eu conto como e por que a liderança inspiradora requer, em primeiro lugar, uma autoliderança inspiradora: antes de inspirar a minha equipe a alcançar metas, eu preciso estar alinhada comigo mesma, preciso estar inspirada a alcançar as minhas próprias metas.
Mais que isso, eu preciso saber o que me motiva, o que me engaja, o que me coloca em sintonia com o trabalho que desempenho, no cargo que ocupo e na empresa em que atuo. Isso, sim, me trará condições de exercer a liderança inspiradora e engajada.
Quando um líder sabe de si, ou seja, quando reconhece suas habilidades e potencialidades, quando assume seus pontos fracos e falhas, consegue fazer o mesmo por todos ao seu redor.
Ele sai do papel de cobrador implacável porque entende, honestamente, que os erros acontecerão, afinal, ninguém é perfeito. Ele assume o papel de motivador porque sabe a diferença entre as críticas construtivas e aquelas que só prejudicam a autoestima do seu profissional ou sua equipe. Ele compreende que um bom ambiente de trabalho é aquele com espaço para elogios e reconhecimentos.
Como o Processo Hoffman pode lhe ajudar a desenvolver suas soft skills
Por consistir num trabalho intenso de Autoconhecimento, o Processo Hoffman fornece as ferramentas para que todos os participantes possam desenvolver as próprias competências emocionais.
Um estudo realizado junto a um grupo de estudantes da Universidade de Harvard comprovou, por exemplo, que, após o treinamento, todos esses alunos haviam conquistado importantes melhorias nas seguintes habilidades:
- Autoconsciência emocional;
- Autoavaliação precisa;
- Empatia;
- Gestão de conflito;
- Trabalho em equipe e colaboração;
- Autoconfiança;
- Empatia;
- Transparência;
- Otimismo;
- Catalisador de Mudança;
- Controle Emocional;
- Liderança inspiradora.
Espero que tenha gostado desse conteúdo!
Até logo.